Fomos à Costa Amalfitana! A Itália que sai nas revistas de viagens, que põe as cabeças na lua, a sonhar com as paisagens, a pasta e o mar a escaldar!
Quando não se faz parte do grupo vip da socialite portuguesa, atores de telenovela e relações públicas de alguma coisa, daqueles que aparecem ali, em fabulosas fotos de instagram, ao mais alto nível, nós os comuns mortais reservámos a nossa viagem com quase sete meses de antecedência. Assim só para garantir que não tínhamos que vender um rim para garantir umas férias em Agosto, ali naquele pedacinho de paraíso. A vantagem é que a viagem durou muito mais do que uma semana, foi mais de meio ano a afinar pormenores e a alimentar a expectativa.
Depois de muito sonhar, chegou finalmente a data da viagem! Voámos para Nápoles, e seguimos direto para Maiori, a cidade que escolhemos para base, num transfer Pintour, reservado com antecedência, que prometia ar condicionado, e ofereceu, na verdade, 1h30 de viagem com as janelas fechadas e um real feel de 40 e muitos graus, roupas coladas, muita sede e o quase desfalecimento. Valeu pelo preço e pela facilidade de comunicação na reserva.
Maiori é, provavelmente, um dos melhores sítios de base para explorar a Costa Amalfitana. Uma cidade pequena, plana, com todos os serviços disponíveis, com todos os transportes, cheia de vida, talvez até de mais, tendo em consideração que a conhecemos por altura da maior festa anual, lá do sítio. Alojados na rua principal, tivemos direito a concertos à porta de casa até às 2 da manhã e toque de sino a rebate todos os dias às 6h30 da manhã. Todos os dias!
Antes de viajarmos tínhamos pensado em alugar carro, mas tudo o que lemos sobre o assunto, não nos encorajava a fazê-lo porque o estacionamento era impossível. Levámos os horários dos autocarros, mas também tínhamos lido comentários que diziam que era quase impossível apanhar um que permitisse fazer uma viagem confortável, em Agosto. A solução escolhida foi a utilização dos ferries diários. De Maiori saímos todos os dias para conhecer sítios novos. O serviço dos ferries da travelmar era fácil de reservar, os barcos têm excelentes condições e o preço, apesar de mais caro que o autocarro, não é impraticável para a tranquilidade, frescura e conforto que oferece.
Apesar de decidirmos o que fazer à medida que os dias foram passando, na verdade, já ia bem decidido o que não se podia perder. Fizemos tudo o que tínhamos planeado, incluindo umas horas de praia. O nosso itinerário dividiu-se em:
De resto, tivemos direito à experiência completa e experimentámos tudo: pizza boa e barata, de chamar a atenção para a qualidade e preços da Insolito Pizzeria Gourmet, massas indignas do selo de qualidade Itália, quantidades anormais de mozarela de bufala bellissima, comprada ao quilo no supermercado, pão com tomate, mozarela e basílico comprado e comido na rua, cones de peixe frito comidos em andamento, gelato a rodos para decidir qual é que era o melhor, comemos limões amalfitanos aos gomos, entre tantas outras coisas que ficam na memória.
Andámos de barco, de vários tamanhos, de autocarro, a pé, tomámos banho na água quente do mediterrâneo, bebemos vinho italiano com os pés quase na areia, assistimos à procissão da varanda de casa, vimos fogo de artificio na praia, andámos de tuk tuk, visitámos monumentos e caminhámos até doer as pernas.
Por termos ido em Agosto, a viagem pareceu sempre muito sovrappopolata, que é como quem diz, sobre-lotada. Quando voltar será, sem dúvida, em época baixa para podermos caminhar sem pedir licença e tirar a prova dos nove sobre qual a costa mais bonita, se a da Toscana se a Amalfitana.
Custos da viagem: Voo Ryanair OPO>NAP>OPO: 80 Eur Alojamento Airbnb 7 noites: 235 Eur/pessoa Shuttle Pintour à chegada: 15 Eur/pessoa Bilhete de autocarro Maiori>Salerno: 1,80 Eur Bilhete comboio Salerno>Pompeia: +/- 3 Eur Bilhete de comboio Salerno>Nápoles: +/- 4 Eur Barco Capri ida e volta: 37 EurCity Tour em Capri: 22 Eur
Sara
Fotografias: próprias
Tudo Incluído 
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